terça-feira, 26 de maio de 2009

ENCONTRADO FÓSSIL EM PAIM FILHO


INCRÍVEL, FANTÁSTICO, EXTRAORDINÁRIO!!!


(veja aí ao lado a capa da obra literária resgatada após 33 anos)

Domingo passado eu tive uma das maiores surpresas da minha vida. Fomos almoçar lá na casa do Nando, comemorando o aniversário dele, que trancorreu no último dia 20. Um gostosíssimo churrasco, como sempre. Foi convidado para o almoço o meu compadre Abílio Vanz e sua família. Vejam bem: o aniversário era do Nando. E não é que quando acabamos de almoçar eles me fizeram uma surpresa? Disseram que tinham um presente prá mim. E trouxeram um pacote de presente, pesado, bem embalado(tinha um tijolo lá dentro, também). O Abílio criou um suspense, dizendo que tratava-se de um presente inusitado, que certamente me emocionaria e me faria lembrar de um passado bem remoto, mais precisamente de 33 anos atrás. Assim, abri o pacote com certa aflição, morrendo de curiosidade. Qual não foi minha surpresa ao me deparar com o tal "presente": era nada mais nada menos do que um "livro" que eu brincara de escrever quando tinha 12 anos, em 1976. Castigado pelo tempo, mas ainda inteirinho, capa e tudo, ele fora conservado dentro do forro de nossa antiga casa de madeira, que foi recentemente desmanchada, ao lado da casa do Nando. Lembrei então que eu próprio havia colocado o "documento" no forro da parede do meu quarto, que ficava nos fundos da casa, por uma fresta entre as tábuas, com o objetivo, justamente, de evitar que se perdesse entre livros e revistas ao longo do tempo e ficasse, de certa forma "preservado". Isso eu pensei naquela época, em 1976. Jamais pensei, no entanto, rever aquela "obra-prima" aos 45 anos de idade. Afinal, nem lembrava mais de nada disso. Mas não posso negar que isso mexeu comigo. Relembrei "tim-tim por tim-tim" dos fatos da época que culminaram com o surgimento da fantástica obra "Contos de Marco Antônio". E mais: relendo aqueles textos escritos com uma ingenuidade pueril, fruto de uma mente sonhadora de criança que se impressionava com os filmes que assistia na TV, pude identificar - pasmem- o meu atual estilo de escrever. Verdade. O mesmo jeito de escrever, com frases curtas, algumas até sem verbos, sem termos rebuscados, sentenças diretas e objetivas. Que interessante. Passaram-se 33 anos. Claro que meus "dotes literários" foram aperfeiçoados, a busca da correção gramatical tornou-se a minha marca em tudo o que escrevo, mas é mesmo curioso voltar ao passado e poder identificar que esse estilo próprio de construir textos já existia em 1976. Fantástico. O melhor presente que eu ganhei nos últimos tempos. Valor sentimental inestimável. Dia desses eu conto a história dessa "obra-prima" lá do longínquo 1976... Obrigado Nando e Abílio!...

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