sábado, 4 de fevereiro de 2012

NO NATAL, ELE SE FOI...



COMENTÁRIO FINAL 






    

           O tempo foi passando e muitos detalhes acabaram se perdendo. Nos três anos da doença terminal do pai aconteceram fatos suficientes para que se escrevesse um romance, disso não tenho dúvidas. Vivemos situações e experimentamos sentimentos tão fortes que seria possível, talvez, escrever um "tratado" sobre as reações da mente humana diante da morte iminente. Quem acompanhou esta narrativa desde o início, deve ter percebido, no entanto, que apressei o final, deixando de lado muita coisa que poderia ser postada sobre esse que para mim foi o período mais estressante, dolorido e triste da minha vida até o momento. O objetivo, afinal, não era escrever nenhum romance ou tratado. Na proposição inicial deixei claro que a intenção era o simples desabafo.  Escrever sobre tudo o que aconteceu trouxe alívio para minha alma ferida pela perda da pessoa com a qual mais me identifiquei na vida e cujo legado me acompanhará pelo resto da existência.  Creio que o objetivo foi atingido. Quando escrevi a última linha, que programei para que acontecesse precisamente no Natal que fecharia exatos 3 anos da morte do Bernardo e para que terminasse com a mesma expressão colocada no título, senti que havia cumprido com uma missão que eu próprio me impusera: estava eternizada a história do fim do meu pai - para mim,  detentor de um dos mais encantadores e fantásticos corações que a natureza humana produziu.   Agora, a narrativa permanecerá na rede mundial, arquivada em algum canto do servidor-mor, disponível para acesso no mundo todo, até que alguém um dia resolva deletá-la. Mas, como eu disse, minha alma agora está satisfeita. Fica aqui o registro, para sempre, do quanto amei o meu pai, da falta eterna  que ele fará, do legado de bondade, honestidade e desprendimento dos bens materiais que ele nos deixou. Fica em paz, Egídio Bernardo Arsego. Meu pai.


FIM!

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